Mourão defende 35 anos de contribuição para previdência de militares


Publicado em 21/01/2019 as 16:49


O presidente em exercício Hamilton Mourãodefendeu nesta segunda-feira (21) duas mudanças que têm sido discutidas pela equipe econômica nas regras de aposentadoria de militares. Ele avaliou como benéfico o aumento do tempo de permanência no serviço ativo, ampliando-o de 30 para 35 anos, e o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão recebida por viúvas de militares.

"São mudanças que seriam positivas para o país", disse Mourão, ao ser questionado pela imprensa. As propostas enfrentam resistência junto às Forças Armadas. Ao tomar posse, o novo comandante do Exército, Edson Pujol, defendeu que o atual sistema dos militares seja mantido.

Mourão ressaltou, contudo, que as alterações têm sido discutidas pelas Forças Armadas e defendeu uma regra de transição, para quem já está no serviço militar, para o aumento do tempo de serviço. "Em tese, é um aumento, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição", afirmou.

No início da manhã, o presidente em exercício recebeu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ele não informou se o tema foi tratado na reunião.
"Foram dois amigos que vieram bater um papo. E fiz uma brincadeira com ele, que é botafoguense. Só isso", disse, referindo-se à derrota da equipe carioca na estreia do campeonato estadual.

O general, que assumiu o posto de presidente interino no domingo (20), com a viagem de Jair Bolsonaro à Suíça, disse que conduzirá a máquina pública "sem marola". "Só tocando a bola para o lado", afirmou. Ele voltou a dizer que as suspeitas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, não é um assunto de governo. "Esse assunto não comento mais. Não vem para cima do governo e é um problema do Flávio. Ele vai resolver isso aí", disse.

Na sexta-feira (18), um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)apontou movimentações atípicas de Flávio. Ele recebeu em sua conta bancária 48 depósitos em dinheiro no valor total de R$ 96 mil, depositados apenas em cinco dias. Eles foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) sempre no valor de R$ 2 mil.