Novas perspectivas sobre masculinidades é tema de debate


Publicado em 18/01/2021 as 15:25

O Conselho Regional de Psicologia de Sergipe, por meio do Grupo de Trabalho Gênero e Sexualidades, promove na quarta-feira, 20, a roda de conversa “Masculinidades em fluxo:  as novas perspectivas para/sobre os homens”. A live, que integra a programação do Janeiro Branco no CRP19, acontece às 19h, no Google Meet, com link a ser divulgado no dia do evento na bio perfil do @gt_generoesexualidades. A confirmação de participação deve ser feita no direct do GT.

As discussões serão conduzidas pelo psicólogo Eduardo Faustino Coelho (CRP 15/ 5745), que desenvolve o Ircrerser, projeto de cuidados em saúde mental e consultório, com ênfase em diversidade sexual e de gênero, além de relacionamentos e Afetividade, em Alagoas (AL). “Escolher o tema ‘Masculinidades em Fluxo’ para o Janeiro Branco é uma maneira de ouvir e estudar a multiplicidade ou a fluidez das performances, vivências e lugares de fala, do que é ‘ser homem’”, conta.

Psicólogo clínico, pesquisador, ator e escritor, Eduardo Coelho comenta que não existe um modelo, ou pelo menos um padrão mais adequado, aceitável de expressar masculinidade. “ É  possível discutir masculinidade no plural, considerando suas múltiplas possibilidades indo além dessa hierarquização entre masculino e feminino ou das concepções hegemônicas que invisibilizam os corpos trans, por exemplo”.

Para o pesquisador a importância de trazer, constantemente, esse debate para a Psicologia, se dá por conta, principalmente, do impacto que a cultura, e sua noção de homem ideal, representa na vida das pessoas. “Especialmente porque isso leva homens ao sofrimento ou dificuldades emocionais graves devido a uma série de pressões nos ambientes em que convivem.  A violência doméstica ou sexual, a falta de ética nos relacionamentos, o racismo ou hipersexualização de corpos pretos, o preconceito aos homens trans, aprisionam em diferentes lados das narrativas. São situações que têm origem em estruturas sociais que podem ser desconstruídas ou logo estremecidas”, conclui.

 

Da Assessoria de Comunicação  | CRP19