Mercado de trabalho abraça a Inteligência Artificial e especialistas encontram espaços diante da expansão

O perfil dos profissionais dependerá da forma como cada segmento será impactado pelas novas tecnologias.
Publicado em 16/04/2024 as 09:00

Divulgação/ Unit

Não há dúvidas de que ferramentas como ChatGPT, Stockimg e CodeWP vêm ganhando cada vez mais popularidade por serem práticas e ágeis na execução de tarefas do dia a dia. Mas na medida em que essas plataformas surgem e se tornam cada vez mais poderosas na automação de processos, graças ao uso de Inteligência Artificial (IA), aumenta também a apreensão de profissionais de diversas áreas, em especial aquelas ligadas a setores como o da Comunicação, Marketing e Computação Gráfica.


A sensação parte da iminente possibilidade de que os robôs irão substituir humanos em tarefas que consistem na criação de textos, imagens, vídeos, programas de computador, animações, dentre outros. Em meio a esse panorama, previsões recém publicadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e divulgadas pela BBC, colocam ainda mais luz sobre o tema: A Inteligência Artificial pode reduzir em 40% os empregos, em todo o mundo, e em países com economia avançada esse percentual pode chegar até 60%.


Ainda que seja desafiador, o cenário apontado pelo FMI não é o fim do mundo e apresenta chances de ser revertido. Para tanto, adicionar uma formação especializada no currículo pode ser considerado um fator crucial, conforme argumenta o docente do curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da Pós-graduação Lato sensu da Universidade Tiradentes (Unit), Adolfo Guimarães.


“Muito se fala hoje na substituição de profissões. No meu ponto de vista, algumas áreas serão afetadas no sentido de que a forma de como se trabalha irá mudar e, na verdade, já está mudando. Quando você usa uma ferramenta de IA que automatiza um processo ou parte dele, você já está fazendo essa alteração. No entanto, isso não elimina a parte humana do processo, pois as ferramentas ainda erram, e o olhar e validação da pessoa especialista ainda é essencial. O que eu acredito que devemos ter é novas formas de trabalhar, alinhadas ao crescimento de novos especialistas”, defende o professor.


Mesmo com o mercado ansiando cada vez mais por profissionais com formação aprofundada no universo da IA, o perfil desses trabalhadores ainda dependerá da forma como cada segmento será impactado pela expansão dessas novas tecnologias. Enquanto que em algumas empresas as demandas de Inteligência Artificial se relacionam com o aspecto operacional, outras tendem a gerar novas oportunidades no tocante à áreas voltadas diretamente à criação dessas ferramentas, o que torna fundamental conhecer também o seu processo de criação desde o início.


“Isso tem dois pontos bem positivos: primeiro, uma vez que você conhece bem essas técnicas, você saberá operar melhor a ferramenta e justificar o seu uso. Outro ponto são as discussões trazidas para dentro da sala de aula, voltadas à formar profissionais que utilizem a IA de forma ética e com responsabilidade, entendendo os limites e malefícios que podem ocorrer, como por exemplo o uso para propagação de notícias falsas e manipulação da realidade”, reforça o professor.


Revivendo o passado


No Brasil, o estudo de novas tecnologias existe desde os anos 50, conforme salienta o docente do curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da Pós-graduação Lato sensu da Universidade Tiradentes (Unit), Adolfo Guimarães. Neste sentido, os novos recursos de Inteligência Artificial, conforme relembra o professor, nada mais são do que parte de um processo de revolução já ocorrido no passado.


“Programas para tradução de textos, aplicativos, são recursos que já vinham sendo utilizados e têm a IA como base. O que diferencia é que hoje, essas ferramentas se popularizam mais rapidamente e são mais fáceis de usar. O ChatGPT, por exemplo, pode ter ganhado fama rápida pelo seu formato simulando um chat, o que já era usado em redes sociais e outras plataformas”, exemplifica.


Apesar do caráter histórico, os tempos atuais se definem por um progresso digital que está cada vez mais acelerado, o que faz com que novidades tecnológicas surjam a todo momento e, de forma gradativa, estejam direcionadas a atender amplos segmentos da sociedade, o que certamente receberá de braços abertos quem se dispuser a conhecê-las intimamente.



Autor: Asscom Unit


Fonte: Asscom Unit