Proprietária de loja no centro de Aracaju denuncia abuso de policial

Elizabete relata "humilhação e abuso verbal" durante atendimento
Publicado em 29/03/2025 as 14:00

Elizabete Vieira, proprietária de uma loja de artesanato no Centro de Aracaju, fez um desabafo nas redes sociais nesta última quarta-feira (26) sobre um episódio de desrespeito que viveu em seu estabelecimento. Em um vídeo publicado no Instagram da loja, ela expressou a indignação que sentiu após ser tratada de forma desrespeitosa por um cliente, que afirmou ser policial, e sua esposa.

Segundo Elizabete, ela atendeu o casal com toda a cordialidade. “Eu trabalho no mercado desde os 6 anos de idade, com 43 anos de vida e 37 de experiência no comércio. Nunca fui desrespeitada como fui hoje”, afirmou.

O incidente aconteceu quando a cliente experimentou um vestido, que estava sendo vendido por R$ 198,00, e questionou sobre um possível desconto. A comerciante ofereceu um preço à vista de R$ 180,00, mas a cliente, ao perceber que o vestido estava apertado, pediu para trocá-lo.

O problema surgiu quando o marido da cliente, um policial, alegou que o vestido estava com defeito e só pagaria R$ 150. Elizabete tentou argumentar que não era possível vender o vestido por esse valor, devido à qualidade e ao custo do produto. “Eu não posso vender e não ter lucro. O vestido não pode ser pago por R$ 150, é impossível”, explicou.

O cliente, entretanto, teria insistido no valor, e a situação escalou quando ele, de forma agressiva, afirmou: "Eu sou polícia. Você quer mandar no meu dinheiro?" Em seguida, começou a ofender Elizabete, chamando-a de "vagabunda" e fazendo ameaças.

Durante o confronto verbal, o irmão de Elizabete interveio para protegê-la, após o cliente ter tentado agredi-la fisicamente. “A esposa dele, em vez de se colocar do lado de outra mulher, preferiu ficar a favor do marido. Isso gerou uma confusão generalizada”, contou Elizabete, visivelmente emocionada.

Ela também destacou que o valor da peça, que o cliente pagou após o episódio, não tem importância diante da humilhação e desrespeito que sofreu. “R$ 200,00 não valem a dor que eu senti. O que me machuca são as palavras e a humilhação que passei", afirmou Elizabete.

Com seu desabafo, Elizabete fez um alerta para os trabalhadores e donos de estabelecimentos. "Não aceitem ser desrespeitados. Não importa quem seja a pessoa, nós merecemos respeito. Não deixem que ninguém nos desvalorize", disse, reforçando a importância de exigir tratamento digno em qualquer situação.

A identidade do policial não foi divulgada até a publicação desta notícia, mas Elizabete informou que se reuniu nesta sexta-feira (28) com representantes da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

 

 

Fonte: F5News