Aracaju aparece mal no ranking sobre igualdade de gênero


Publicado em 30/06/2025 as 09:00

Salvador se destaca entre as três melhores capitais do Brasil no ranking de igualdade de gênero, segundo a pesquisa “Piores Cidades Para Ser Mulher (2024)”, desenvolvida pela Tewá 225. Já Aracaju não aparece bem na fita ao figurar na 13ª posição entre as 27 capitais. Apesar de representar 51,5% da população do Brasil, as mulheres continuam sendo as mais vulneráveis a adversidades como violência, pobreza, precariedade no mercado de trabalho e os efeitos das mudanças climáticas.

Em 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) registrou mais de 1,2 milhão de casos de violência contra mulheres, incluindo feminicídios, agressões domésticas, ameaças e violência sexual. Entre as vítimas, 63,6% eram mulheres negras (pretas e pardas), o que reflete a interseção das desigualdades de gênero e raça no país.

Além da violência, o Brasil enfrenta desafios crescentes relacionados à vulnerabilidade climática, com estimativas de que mais de 10 milhões de pessoas poderão ser impactadas por enchentes e deslizamentos nos próximos anos, caso não sejam adotadas políticas de adaptação mais inclusivas.

Esses desastres naturais afetam as mulheres de maneira desproporcional, especialmente aquelas que vivem em áreas periféricas ou rurais. Um estudo do Caderno da Marcha das Margaridas (2023) revela que as mulheres ribeirinhas e do meio rural são particularmente afetadas devido à precariedade de infraestrutura e ao difícil acesso a serviços essenciais como saúde e transporte.

Na pesquisa, todas as cinco regiões apresentam desempenhos semelhantes no desafio de avançar na igualdade de gênero. O Sudeste mostra a maior concentração de cidades elegíveis (49,7%), seguido pelo Nordeste (20,1%), Sul (12,6%), Norte (10,1%) e Centro Oeste (7,5%).

 

Fonte: Destaque Notícias