Adema investiga mortandade de peixes no riacho Cuí, em Estância

Fiscais percorreram a região e coletaram amostras de água para análise laboratorial
Publicado em 16/07/2025 as 05:25

Após receber denúncia da mortandade de peixes em Estância, sul sergipano, a equipe da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) esteve no município nesta terça-feira, 15, para fiscalizar as possíveis causas da ocorrência, que ganhou repercussão nas redes sociais no último fim de semana. No local, a coleta de água foi realizada em diversos pontos, e as amostras serão processadas pelo Laboratório de Análises Químicas e Microbiológicas da Adema.

Segundo Fabiano Resende, gerente de análises laboratoriais da Adema, as coletas foram realizadas a montante e a jusante do rio Piauí; no riacho Cuí, localizado a 120m da foz; na ponte que vai para o Povoado Miranguinha; e numa quinta localidade. “Dentro de cerca de dez dias, no máximo, devemos ter dados que indiquem o nível de poluição do riacho”, afirmou Fabiano. Os resultados serão encaminhados à Gerência de Fiscalização da Adema, para elaboração do parecer técnico final pela equipe.

Durante a diligência, além de realizar a coleta de água, a equipe percorreu alguns pontos de despejo de efluentes industriais e dialogou com moradores da região. Proprietários de terras procuraram os fiscais para relatar que também tem sido registrada a morte do gado após o consumo dessa água para dessedentação.

Uma ação ampliada de fiscalização foi realizada pela Adema no ano passado, envolvendo as indústrias que realizam o despejo de efluentes no Rio Piauí e seus afluentes ou que se utilizam das suas águas para a produção. Desde então, o órgão ambiental tem acompanhado de perto a realização de adequações indicadas pelos técnicos nos sistemas de tratamento de efluentes, dentre outros aspectos.

Segundo o presidente da Adema, Carlos Anderson Pedreira, assim que a investigação trouxer respostas sobre a ocorrência, os autores serão devidamente responsabilizados. “A Adema tem atuado constantemente na região e segue atenta. Não é admissível que um curso d’água tão importante para a população estanciana seja atingido dessa forma. Os autores deverão responder na forma da legislação ambiental”, pontuou.

 

Fonte: GOV SE