A segunda fase do Campeonato Mundial de Vôlei, sediado este ano em cidades da Itália e da Bulgária, tem início nesta sexta-feira (21). As 16 equipes de melhor campanha na primeira fase estão, agora, divididas em quatro grupos de três seleções cada. Elas jogarão entre si e as primeiras colocadas, além dos dois times que obtiverem as segundas melhores campanhas, avançarão à terceira etapa. Oito jogos compõem a rodada desta sexta-feira (21), incluindo Brasil x Austrália, que abre o Grupo F a partir das 12h. O outro confronto da chave será entre Bélgica e Eslovênia, às 15h30. 

O detalhe é que as equipes carregam para esta etapa os pontos somados na primeira fase. Com isso, o Brasil, além de favorito na questão técnica entre os quatro times do Grupo F, entra em vantagem também na classificação. A equipe nacional, que passou como líder do Grupo B, soma 11 pontos, seguida pela Bélgica, classificada como segunda colocada do Grupo A, com 10, Eslovênia, terceira colocada do Grupo A, com nove, e Austrália, que ficou com a última vaga do Grupo C e soma sete pontos. 

O Brasil atravessou a primeira fase do Mundial de Vôlei com quatro vitórias e uma derrota. Embora fosse um rendimento esperado dentro da chave, a forma como foi construída a campanha surpreendeu. Esperava-se que a derrota brasileira acontecesse contra França ou, talvez, Canadá, equipes mais fortes junto com o Brasil. O revés, no entanto, saiu contra a Holanda, gerando uma pressão em cima do elenco. 

“As três seleções chegaram aqui por méritos e estão no seu melhor momento dentro da competição após uma primeira fase muito boa. É preciso ter todo cuidado com as três equipes”, disse o treinador Renan Dal Zotto, frisando o perigo que a Austrália pode representar. “A Austrália fez um bom jogo contra uma das seleções mais fortes da atualidade, que é a equipe dos Estados Unidos, fazendo um resultado de 3 sets a 2. Eles têm um time alto e que tem o ataque como uma arma forte. Temos que encarar esse primeiro jogo da nova fase como uma primeira grande final.”

Os destaques nacionais no Mundial de Vôlei até aqui são o oposto Wallace, dono da bola de segurança da equipe atualmente, e o ponteiro Douglas Souza, estreante em grandes campeonatos, que cresceu nos jogos finais da primeira fase. Trajetória oposta fez o central Lucão, com baixo rendimento, sobretudo no ataque, contra Canadá e China. 

Mas o real ponto fraco da seleção nacional na primeira fase foi o bloqueio. Exceto o duelo contra a França, no qual o time marcou 18 pontos, o rendimento nesse fundamento nos demais jogos foi fraco. Contra Holanda, Canadá, China e até Egito, o Brasil pontuou menos que os adversários. Juntando todos esses confrontos, o que dá um total de 14 sets jogados, foram 19 pontos marcados e 38 sofridos em bloqueios dos adversários.
   Retrospecto

Tricampeão de forma consecutiva nas edições de 2002, 2006 e 2010, o Brasil joga o Mundial de Vôlei da Itália e da Bulgária em busca do tetracampeonato. O País vem de quatro participações seguidas em finais, já que em 2014 ficou com o vice após perder na decisão para a Polônia, sede daquele ano. 

   Programação

Os outros confrontos da rodada que abre a segunda fase do Mundial de Vôlei, nesta sexta-feira (21) são Holanda x Rússia e Itália x Finlândia pelo Grupo E; Estados Unidos x Canadá e Bulgária x Irã pelo Grupo G; e Sérvia x França e Polônia x Argentina pelo Grupo H. 

   Tabela

Primeira fase
12.09 (quarta-feira) – Brasil 3 x 0 Egito (25/17, 25/22 e 25/20)
13.09 (quinta-feira) – Brasil 3 x 2 França (25/20, 25/20, 21/25, 23/25 e 15/12)
15.09 (sábado) – Brasil 1 x 3 Holanda (25/21, 20/25, 20/25 e 21/25)
17.09 (segunda-feira) – Brasil 3x1 Canadá (25/22, 19/25. 25/23 e 25/18)
18.09 (terça-feira) – Brasil 3x0 China (25/21, 25/22 e 25/17)

Segunda fase
21.09 (sexta-feira) – Brasil x Austrália, às 12h
22.09 (sábado) – Brasil x Eslovênia, às 15h30
23.09 (domingo) – Brasil x Bélgica, às 15h30