Avião voa por 10 minutos sem ninguém no comando após copiloto passar mal e comandante ficar trancado fora da cabine
Incidente aconteceu em 2024 durante um voo da Lufthansa entre Frankfurt e Sevilha. O piloto havia deixado o comando para ir ao banheiroPublicado em 18/05/2025 as 05:35

Um avião da Lufthansa voou por cerca de 10 minutos sem supervisão após o comandante deixar a cabine para ir ao banheiro e, neste curto período, o copiloto sofrer um mal súbito.
O voo LH77X partiu de Frankfurt, na Alemanha, com destino a Sevilha, na Espanha. Havia 205 pessoas a bordo. Por causa da urgência médica, a aeronave foi desviada para o Aeroporto Internacional Adolfo Suarez Madri-Barajas, onde fez pouso de emergência. A viagem foi retomada cinco horas depois.
O incidente aconteceu em 17 de fevereiro de 2024, mas os detalhes só foram divulgados na última quinta-feira (15), quando foi publicado o relatório da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC) sobre o caso.
Segundo o relatório:
Às 10h31, o piloto se ausentou da cabine de comando por "necessidades fisiológicas";
- Antes disso, ele e o copiloto conversaram sobre as condições meteorológicas e a operação da aeronave. O copiloto parecia estar "atento" e respondeu normalmente;
- Quando o piloto voltou, às 10h39, inseriu a senha para reabrir a cabine. Ele não conseguiu entrar;
- Ele disse que pensou que havia digitado o código errado. Tentou outras quatro vezes, sem sucesso;
- Um tripulante tentou ligar para a cabine de comando, mas também não foi atendido. O piloto digitou o código de emergência;
- Então, o copiloto, mesmo debilitado, conseguiu abrir a porta manualmente de dentro da cabine, às 10h42. Segundo o relatório, ele foi encontrado "pálido" e "suando";
- Os tripulantes e um passageiro, que era médico, prestaram os primeiros socorros. A suspeita era de que estava tendo um ataque cardíaco;
- Neste momento, o piloto decidiu desviar o avião para pousar em Madri. O pouso aconteceu cerca de 20 minutos depois.
O copiloto foi atendido em solo e recebeu o diagnóstico de um possível transtorno convulsivo, uma condição que, até então, não tinha sido identificada em seus exames médicos de rotina. Ele tinha certificação válida e sem restrições para voar. Como medida preventiva, o certificado médico do copiloto foi suspenso.