PT, MDB e PSDB terão 34% do tempo de TV e rádio na campanha eleitoral

Exame
Publicado em 13/06/2018 as 04:00

Os três maiores partidos brasileiros terão 34% do tempo de televisão e rádio nas eleições de 2018, segundo um levantamento feito pelos analistas Carlos Sequeira e Bernardo Teixeira, do banco BTG Pactual.
O PT, por exemplo, terá à disposição 11,5 dos 95 minutos da propaganda eleitoral diária – aqui, estão contabilizados os 25 minutos do bloco diário do horário eleitoral e os 70 minutos de inserções espalhadas pela programação dos veículos de comunicação. O MDB, por sua vez, terá o equivalente a 11,08 minutos e o PSDB, a 9,24 minutos.

Já os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é considerado terão menos tempo: apenas 4,2% do total. Jair Bolsonaro, do PSL, terá apenas 26,3 segundos, enquanto Marina Silva, da Rede, terá meros 16,3 segundos e Ciro Gomes, do PDT, o terceiro melhor posicionado nas pesquisas, terá 3,6 minutos.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Tribunal Superior Eleitoral, 10% do tempo de televisão e rádio serão divididos igualmente entre os 35 partidos existentes no país. Em 2014, 30% do total foi dividido entre as legendas.

Desta forma, o tempo restante — ou 90% — será distribuído proporcionalmente ao número de deputados eleitos pela coligação do partido em 2014. Segundo os analistas, isso levará os maiores e mais estabelecidos partidos a ter uma fatia ainda maior do tempo.

FUNDO ELEITORAL
Em relação aos recursos públicos, o MDB, o PT e o PSDB terão, juntos, 24% do total. Os dez maiores partidos terão 75% do dinheiro público.

O relatório lembra que as eleições de 2018 serão feitas com novas regras que visam trazer menos custos e maior transparência para as campanhas. O financiamento será majoritariamente público, com um fundo eleitoral de 2,6 bilhões de reais. Em 2014, as campanhas totalizaram 5,1 bilhões de reais.

Os recursos empresariais estão proibidos e os próprios candidatos poderão colocar a totalidade do dinheiro que precisam. No entanto, há um teto de gastos de 70 milhões de reais para o primeiro turno da eleição presidencial e de 35 milhões de reais no segundo turno. Só para comparar, em 2014, a campanha de Dilma Rousseff custou 350 milhões de reais.

Os partidos de candidatos que estão à frente das pesquisas de voto vão ter uma parcela pequena dos recursos. O PSL, de Bolsonaro, terá apenas 0,6%, enquanto a Rede, de Marina Silva, terá 0,4%.