Senado é iluminado na cor vermelha para marcar o dia mundial da hemofilia


Publicado em 16/04/2019 as 14:51

A cúpula e o prédio do Senado serão iluminados na cor vermelha, a partir do começo da noite de hoje (16), para marcar o Dia Mundial da Hemofilia e conscientizar sobre os sintomas e a importância da detecção e do tratamento precoce da doença. A iluminação especial foi solicitada pela senadora Maria do Carmo Alves (DEM/SE), como forma de alertar a população para um problema que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), coloca o Brasil como 4º colocado em número de pacientes diagnosticados no mundo.

 “Apesar de ser considerada uma doença rara, a hemofilia atinge cerca de 12 mil brasileiros e a detecção e o tratamento precoce podem trazer mais qualidade de vida para essas pessoas portadoras da doença, resultando em menores sequelas causadas pelos sangramentos”, alertou Maria do Carmo, observando que a doença possui causas genética e hereditária, ainda sem cura, e é caracterizada por sangramentos que se repetem espontaneamente, principalmente nos casos graves e moderados.

Estima-se que em cerca de 70% dos casos confirmados exista a repetição de uma história familiar, mas em 30% das ocorrências, a doença é espontânea, causada por uma mutação genética. Existem duas variações: a do tipo A é causada pela deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a tipo B, por falta de fator IX. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exame de sangue.

Sintomas  - Os principais sintomas da doença são dores fortes, inchaço nas articulações, especialmente cotovelos, joelhos e tornozelos, e dificuldade em realizar movimentos. As hemorragias, intramusculares ou intra-articulares, se não forem controladas podem desgastar as cartilagens e provocar lesões ósseas.  A doença atinge quase que exclusivamente homens.

O tratamento deve ser iniciado logo após o primeiro sangramento para prevenir hemorragias e evitar a lesão na articulação. Os medicamentos são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos gratuitamente pelos Hemocentros. Segundo dados do Annual Global Survey, pesquisa global anual realizada pela Federação Mundial de Hemofilia, em 2017 existiam no mundo 350 mil pessoas portadoras da doença e no Brasil 12.432, sendo mais de 10 mil hemofílicos com o tipo A.

O dia 17 de abril foi escolhido em homenagem ao aniversário de Frank Shnabel, fundador da Federação Mundial de Hemofilia, e transformada em data comemorativa para conscientizar a população sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento da doença.