Para senadora, reduzir a produção científica é afugentar cientistas e gerar prejuízo ao Brasil


Publicado em 09/09/2019 as 15:21

A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) disse hoje (9) que o corte de verbas para a Ciência e Tecnologia pode levar a falência toda a estrutura de desenvolvimento de pesquisa e inovação que há no Brasil hoje. “Sem sombra de dúvida, estamos diante de um enorme prejuízo para o país. Fatores como a interrupção das bolsas de pesquisa e a diminuição da produção cientifica, afugentarão, ainda mais, os pesquisadores para outros países”, afirmou, lembrando que hoje, a maioria deles sai e já não retorna.

Para a senadora democrata, o Governo precisa repensar a medida que, agora agrava um pouco mais a situação. “Infelizmente, os investimentos em ciência e tecnologia vêm sendo reduzidos desde 2014 com o pico da crise econômica iniciada em meados de 2008”, destacou, observando que em 2013, o valor chegou próximo dos R$ 7 bilhões, mas três anos depois caiu para R$ 4 bilhões.

“Entendemos a necessidade de ajustes para manter as contas públicas em ordem, mas não podemos preterir algo que é tão primoroso e importante para o desenvolvimento da nossa Nação”, disse a parlamentar, lembrando que ciência e tecnologia não está na PEC 55 (a chamada PEC dos gastos públicos) como sendo uma das despesas obrigatórias do Estado brasileiro, assim como já acontece com as áreas da saúde e educação.

Maria lembrou que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPp) anunciou na semana passada que a partir deste mês não terá como garantir o pagamento de seus 84 mil bolsistas por falta de verbas. De igual modo, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou o corte de 5,2 mil bolsas que passam a não ser mais redistribuídas entre estudantes de nível superior “A Capes e o CNPq são as duas principais instituições de fomento à pesquisa no Brasil”, pontuou.

A senadora lamentou que os crescentes cortes nas verbas destinadas à ciência, tecnologia e inovação promovidos nos últimos anos prejudicam, não só o presente, mas o futuro do país e impacta diretamente na retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social, uma vez que todo uma estrutura que vinha avançando nos últimos anos.

Da Ascom