Fisioterapia contribui para o desenvolvimento de bebês prematuros


Publicado em 09/09/2019 as 18:04

A Fisioterapia hoje está inserida em diversas áreas, também na assistência ao recém-nascido ela vem atuando de forma efetiva. Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, o fisioterapeuta está presente ajudando os bebês que nascem prematuros e que, consequentemente, têm peculiaridades se comparados aos que nascem de nove meses. Quem fala no tema é a Referência Técnica de Fisioterapia da MNSL, Ana Carla Motta Prado Bispo.

“A fisioterapia é essencial para ajudar a favorecer o término da maturação dos bebês e se utiliza de manobras, técnicas e procedimentos que viabilizam essa abordagem de forma segura e eficaz”, disse Ana Carla. Ela explicou que devido à prematuridade, a imaturação do sistema neurológico, circulatório, digestivo e respiratório dos bebês precisa de ajuda da fisioterapia. “A MNSL é composta por 24 fisioterapeutas, que acompanham durante 24h todos os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), junto à equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, dentre outros.

 “As condutas fisioterápicas são elaboradas mediante avaliação minuciosa, diagnóstico, quadro clínico e estabilidade do paciente. As possibilidades terapêuticas vão desde auxílio nas intercorrências, abordagem motora e respiratória, a orientação método canguru do auxílio na amamentação - principalmente nos posicionamentos dos bebês e das mães”, disse Ana Carla.

Ela ressaltou que a atuação do fisioterapeuta está diretamente relacionada à diminuição da mortalidade e de eventuais sequelas decorrentes da internação e da precocidade de alta hospitalar.

Resultados

A fisioterapeuta da ala verde da MNSL, Mariana de Albuquerque Santana, relatou, que quando o profissional chega ao plantão, recebe os relatos de como foi o turno anterior. Depois é realizada visita nas enfermarias para conversar com as mães sobre suas queixas e necessidades e assim traçar estratégia de ação e plano terapêutico para o paciente”. Para Mariana, trabalhar na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCA) é muito gratificante.

“Conseguimos ver o resultado do nosso trabalho mais rápido, tanto por termos maiores possibilidades de executar manuseios, uma vez que os recém-nascidos estão mais estáveis, como também porque temos contato com os genitores e acompanhantes que são parceiros importantes na evolução do neonato”, observou a fisioterapeuta Mariana.

Ela atentou que a rotina de tratamento de um fisioterapeuta em uma UTIN geralmente corresponde à uma intervenção pela manhã, uma à tarde e uma à noite. A sessão é caracterizada por duração pequena, justamente para não sobrecarregar o neonato de estímulos - exceto no caso de outras intercorrências. “É importante salientar que os bebês são reavaliados e monitorizados pela fisioterapia constantemente, tendo em vista a fragilidade e instabilidade desses pacientes”, concluiu a fisioterapeuta.

Da ASCOM