Após 20 anos, Brasil retoma produção nacional de insulina

Primeiro lote com mais de 200 mil unidades marca início da produção 100% brasileira; SUS prevê entrega de 8 milhões de doses até 2026
Publicado em 14/07/2025 as 09:52

O Ministério da Saúde recebeu, nessa sexta-feira (11), o primeiro lote de insulinas produzidas por meio do programa Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Com isso, o país volta a fabricar o medicamento de forma 100% nacional, por meio da transferência de tecnologia da farmacêutica indiana Wockhardt. A iniciativa conta com o apoio do laboratório público Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da empresa brasileira Biomm.

O ministro Alexandre Padilha participou do evento de entrega do lote, que contém 207.385 unidades do medicamento, sendo 67.317 frascos de insulina regular e 140.068 de insulina NPH, na fábrica da Biomm, em Nova Lima (MG).

Segundo a pasta, após a conclusão da transferência de tecnologia, o Brasil será capaz de produzir 50% da demanda por insulinas NPH e regular utilizadas no Sistema Único de Saúde (SUS).

A iniciativa envolve um investimento de R$ 142 milhões na aquisição da tecnologia, com potencial para beneficiar cerca de 350 mil pessoas com diabetes. Os contratos preveem a entrega de 8,01 milhões de unidades de insulina, entre frascos e canetas, à rede pública em 2025 e 2026.

A partir dessa aquisição inicial, terá início o processo de transferência de tecnologia, conforme previsto nas diretrizes das PDPs. Ao final da transferência, a produção será totalmente nacional, com a Funed e a Biomm capacitadas para fabricar o medicamento no país e abastecer o SUS de forma autônoma.

Tratamento no SUS

O SUS oferece assistência integral às pessoas com diabetes, desde o diagnóstico até o tratamento, de acordo com o quadro clínico de cada paciente. A porta de entrada para o cuidado é a Atenção Primária à Saúde, que realiza o acompanhamento contínuo por meio de equipes multiprofissionais.

Atualmente, são ofertados quatro tipos de insulina: insulinas humanas NPH e regular, além de insulinas análogas de ação rápida e prolongada. Também estão disponíveis medicamentos orais e injetáveis para o tratamento do diabetes mellitus.

 

Fonte: Agência Brasil